O Aqueduto do Gier (francês Aqueduc du Gier) é um antigo aqueduto romano provavelmente construído no século I dC para fornecer água para Lugdunum (Lyon), em o que é hoje o leste da França. É o mais longo e mais bem preservado dos quatro aquedutos romanos que serviam a crescente capital da província romana de Gallia Lugdunensis. Ele extraía sua água da nascente do Gier, um pequeno afluente do Ródano, nas encostas do Monte Pilat, 42 km (26 mi) a sudoeste de Lyon.

Seguindo um caminho sinuoso, em 85 km (53 mi) o aqueduto do Gier é o mais longo conhecido dos aquedutos romanos. O seu percurso foi retraçado ao pormenor, seguindo os numerosos vestígios. Saindo das terras altas do Maciço do Pilat, departamento do Loire, o aqueduto abraça o relevo da superfície e atravessa o departamento do Ródano, passando por Mornant, Orliénas, Chaponost e Sainte-Foy-lès-Lyon para terminar em Lyon.

Na sua extensão, vale-se de todo o repertório de técnicas romanas de construção de aquedutos, tendo uma inclinação média de 0,1%, ou um metro por quilómetro. Existem 73 km (45 mi) de valas cobertas colocadas com um bueiro de concreto de 3 m (9,8 pés) de altura e 1,5 m (4,9 pés) de largura, que é afundado até 4 m (13 pés) abaixo da superfície da terra. O aqueduto passa por 11 túneis, um dos quais, perto de Mornant, tem 825 m (2.707 pés) de extensão. O acesso para limpeza e reparos era por meio de bueiros a 77 m (253 pés) de distância. Há cerca de trinta trechos ao ar livre. São dez trechos elevados sobre muros e arcos, que fornecem os vestígios visíveis mais espetaculares do aqueduto (ilustrações).

Quatro túneis de sifão invertido atravessam os vales fluviais particularmente profundos e largos do Durèze, Garon, Yzeron e Trion em pontes de tubos erguidas em arcos altos. Nestes, a água enchia uma torre de tanque afundada (castellum) na borda de uma encosta. O tanque efetuou uma transição entre o fluxo de canal aberto e uma tubulação principal. Do castelo a água era transportada, agora pressurizada, em um conjunto de tubos de chumbo herméticos colocados lado a lado, com juntas soldadas, pela encosta do vale, através de uma ponte sobre o rio - cujos pilares e arcos são os restos mais notáveis u200bu200bdo sistema - e subindo a encosta oposta, até um tanque ligeiramente mais baixo que o tanque principal, perdendo apenas um pouco de carga hidráulica no processo. Os sifões invertidos evitavam a ponte de vales profundos com arcadas sobre arcadas de arcos, como em Pont du Gard, que marca o limite de tal sistema.