الدار البيضاء

( Casablanca )

Casablanca, Casabranca ou Casa Branca (em árabe: الدار البيضاء; romaniz.:ad-Dār al-Bayḍā’, que significa Casa Branca em português) é a maior cidade de Marrocos, na costa atlântica do país, e uma das maiores do Norte de África. A população estimada em 2022 era de 3,84 milhões habitantes (densidade: 10 000 hab./km²). É o maior porto e o maior centro industrial e comercial de Marrocos.

A cidade possui uma praça principal, da qual irradiam diversas avenidas. Na generalidade, os edifícios constituem uma versão francesa da arquitectura árabe-andaluza, brancos com linhas simples, sendo de especial interesse a área da Praça das Nações Unidas, onde se localizam as maiores infraestruturas.

Foi muito destruída pelo sismo de 1755. Nessa época instalaram-se na cidade muitos mercadores espanhóis passando Casa Branca a ser conhecida como Casablanca. Foi ocu...Ler mais

Casablanca, Casabranca ou Casa Branca (em árabe: الدار البيضاء; romaniz.:ad-Dār al-Bayḍā’, que significa Casa Branca em português) é a maior cidade de Marrocos, na costa atlântica do país, e uma das maiores do Norte de África. A população estimada em 2022 era de 3,84 milhões habitantes (densidade: 10 000 hab./km²). É o maior porto e o maior centro industrial e comercial de Marrocos.

A cidade possui uma praça principal, da qual irradiam diversas avenidas. Na generalidade, os edifícios constituem uma versão francesa da arquitectura árabe-andaluza, brancos com linhas simples, sendo de especial interesse a área da Praça das Nações Unidas, onde se localizam as maiores infraestruturas.

Foi muito destruída pelo sismo de 1755. Nessa época instalaram-se na cidade muitos mercadores espanhóis passando Casa Branca a ser conhecida como Casablanca. Foi ocupada em 1907 pelos franceses que promoveram o seu desenvolvimento.

Durante a Segunda Guerra Mundial, em Janeiro de 1943, foi o palco de uma conferência entre o presidente norte-americano Franklin D. Roosevelt e o primeiro-ministro britânico Winston Churchill.

Antes do Protetorado Francês

A área que hoje Casablanca ocupa foi colonizada pelos berberes, por volta do século X a.C.[1] Foi utilizada como porto pelos fenícios e depois pelos romanos.[2] Um pequeno reino independente, na zona com o nome de Anfa, surgiu na zona em resposta aos árabes muçulmanos, e continuou a existir até à sua conquista pelos Almorávidas em 1068.

Durante o século XIV, sob os Merínidas, a cidade aumentou em importância como porto e, no início do século XV, tornou-se novamente independente. Surgiu como um porto seguro para os piratas, o que conduziu a ataques por parte dos portugueses, que a nomeavam Anafé[3], e que destruíram a cidade em 1468, sob o comando do Infante Dom Fernando, irmão de El-Rei Dom Afonso V[4].

Em 1515, D. Manuel pretendeu conquistar a cidade, após edificar uma fortaleza em Mamora. A fortaleza chegou a ser iniciada, mas o Desastre de Mamora colocou fim a este intento, assim como à projetada conquista de Anafé.[5]

O núcleo urbano foi reconstruído pelo sultão de Marrocos a partir de 1757, após a destruição causada pelo terramoto de 1755.

Anfa é hoje o nome um bairro a oeste no centro da cidade. A cidade e a medina de Casablanca como hoje existe foram fundadas em 1770 pelo sultão Maomé ibne Abedalá (1756-1790), neto de Mulei Ismail. A cidade tinha o nome de Dar el Beida (que significa "Casa Branca" em árabe) e Casa Blanca em castelhano.

No século XIX Casablanca tornou-se um dos principais fornecedores de lã para a indústria têxtil, então em expansão na Grã-Bretanha, e beneficiou do aumento do tráfego marítimo (os britânicos, em contrapartida, começaram a importar a agora famosa bebida nacional do Marrocos, o chá pólvora). Por volta de 1860 tinha cerca de 5 000 habitantes. A população cresceu para cerca de 10 000 no final da década de 1880.[6] Casablanca manteve uma dimensão do porto algo modesta, com a população a atingir cerca de 12 000 poucos anos após a conquista francesa e a chegada de colonos franceses, inicialmente administradores dentro de um sultanato soberano, em 1906. Até 1921 deu-se o grande aumento para 110 000 habitantes[6] em grande parte através do desenvolvimento de bairros de lata.

Protectorado Francês

Em Junho de 1907 os franceses tentaram construir uma linha de trem, próxima ao porto, que passava por um cemitério. Os habitantes da cidade atacaram os trabalhadores franceses, e seguiram-se violentos tumultos. Chegaram tropas francesas para restaurar a ordem pública e tomaram conta da cidade. Foi o início de um real processo de colonização, embora o controle francês de Casablanca só fosse formalizado em 1910. Foi especialmente durante o mandato do governador Hubert Lyautey que Casablanca se tornou o grande centro económico marroquino e o maior porto de África.

O filme Casablanca, de 1942, mostra o estatuto colonial da cidade naquela época, como centro de luta de poder entre as potências inimigas europeias, sem qualquer referência à população local, e com um vasto naipe de personagens cosmopolitas (americanos, franceses, alemães, checos e outros).

Após a independência  Boulevard de Paris, em Casablanca.

Marrocos obteve a independência de França em 2 de Março de 1956.

Em 16 de Maio de 2003, 33 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas quando a cidade foi atingida por múltiplos ataques suicidas executados por marroquinos possivelmente ligados à al-Qaida.

«Casablanca» (em inglês). Jewish Virtual Library. Consultado em 8 de outubro de 2009  Kjeilen, Tore. «LexicOrient» (em inglês). Consultado em 8 de outubro de 2009  Serrão, Joel. «Anafé». Dicionário de História de Portugal. 1. Porto: Livraria Figueirinhas e Iniciativas Editoriais. p. 145. 3500 páginas  Conquista da cidade de Casablanca, Veratais, , 18 de novembro de 2022, in Pe. Francisco de Santa Maria in «Ano Histórico, Diário Português: Notícia Abreviada de pessoas grandes e coisas notáveis de Portugal», 1744. Fernando Pessanha (5 de dezembro de 2019), «A conquista e destruição de Anafé (Casablanca) pelo Infante D. Fernando (1468) – Considerações sobre uma pouco conhecida operação anfíbia», Revista de história da sociedade e da cultura, ISSN 1645-2259, 19: 116, doi:10.14195/1645-2259_19_4, Wikidata Q110931219  a b Pennel, CR: Morocco from Empire to Independence, Oneworld, Oxford, 2003, p 121
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