Sara ou Sara, a negra (em romani: Sara la Kali) (Berenice, c. Século I a.C. — Saintes-Maries-de-la-Mer, c. Século I), segundo várias lendas, foi uma discípula de Jesus. Tradicionalmente, é considerada santa pela Igreja Católica, embora não tenha sido canonizada ou tenha seu nome inscrito no Martirológio Romano. É considerada popularmente a padroeira dos povos ciganos.
O seu nome, tal como o da matriarca judia Sara, cuja vida é relatada no Antigo Testamento, teria se originado do hebraico e era supostamente usado para designar uma mulher de grande relevância na sociedade, mantendo por significado "princesa" ou "senhora". Já o epíteto Kali origina-se, supostamente, do idioma sânscrito, tendo por tradução a palavra "negra". Nas suas tradicionais iconografias, Sara é representada com a pele escura.
![A chegada d'As Santas Marias do Mar em Provença](http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/4/43/Les_Saintes_Maries%2C_Sarah_et_Marie_Magdalene.jpg/220px-Les_Saintes_Maries%2C_Sarah_et_Marie_Magdalene.jpg)
A história de Sara é incerta, uma vez que não há registros sobre sua vida. Lendas relatam que ela teria auxiliado Maria durante o nascimento de Jesus. Sara também estaria presente na crucificação de Jesus, embora os Evangelhos Canônicos não a mencionem.[1] Ela também é identificada como serva de Maria Madalena.
Com o início da perseguição aos cristãos no território Israel, conta-se que Sara foi deportada do país juntamente com Maria Madalena, Maria de Cleófas, Maria Salomé, os irmãos Marta, Maria e Lázaro de Betânia, Marcela e um cristão de nome Maximino. A tradição relata que eles foram lançados no Mar Mediterrâneo numa embarcação sem remo que chegou onde nos dias atuais seria a comuna francesa de Saintes-Maries-de-la-Mer (Santas Marias do Mar em francês). Conta-se que o grupo, temendo um naufrágio, puseram-se em oração. Sara, por sua vez, havia de ter feito uma promessa de que se conseguissem desembarcar sem que houvesse mortes, teria ela que se cobrir com um véu em forma de agradecimento.[2]
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