Corral del Carbón

O Corral del Carbón é um monumento do século XIV situado na cidade espanhola de Granada. É a única alhóndiga e caravançarai ou funduque andalusino (do Alandalus, ou seja da época muçulmana) integralmente conservado na Península Ibérica.

Classificado como Bem de Interesse Cultural desde 1918, atualmente é a sede da Delegação Provincial de Cultura da Junta da Andaluzia e da Orquestra Cidade de Granada. O seu pátio é por vezes usado para espetáculos de teatro e música, nomeadamente de flamenco, e conferências.

O edifício foi construído durante o período nacérida, antes de 1336 e o seu nome original era al-Funduq al-Gidida (Alhóndiga Nova). Situava-se na parte sul da cidade muçulmana, junto ao mercado da seda (alcaicería), ao soco da almedina e à Mesquita Maior. Servia de pousada aos comerciantes em trânsito, de armazém e de marcado grossista. Uma pequena ponte sobre o rio Darro, chamada al-qantara al-yadída (ponte nova) até 1501 e depois ponte do carvão, ligava a alhóndiga com o soco.

Em traços gerais, conforme a descição de Leopoldo Torres Balbás,[1] o edifício segue um modelo oriental, mas a decoração e os detalhes são claramente granadinos. A origem do tipo de construção pode seguir-se desde as ágoras gregas, passando pelas hórreos romanas, até aos tempos islâmicos. O portal monumental é inspirada no iwan oriental, cujas origens têm sido muito debatidas, e que se encontra já nos palácios sassânidas. A transmissão para o Ocidente teria sido feito através do Egito, onde o pórtico de entrada aberto por um grande arco, abobadado com mocárabes e em cujo fundo se encontra a porta com lintéis de acesso ao edifício e uma janela gémea em cima, é uma disposição arquitetónica muito difundida. Encontra-se, por exemplo, no Cairo, na Mesquita de al-Zahir Baybars, ou em Granada, na Porta da Justiça da Alhambra.

Em 1494, os Reis Católicos concederam o edifício a Sancho de Arana. Quando este morreu em 1531, foi a leilão e passou a ser usado como hospedagem de carvoeiros, mais tarde como corral de comedias (teatro), até 1593 e depois como condomínio de habitação. Em 1918 foi declarado Monumento Histórico-Artístico Nacional, mas esteve em risco de ser demolido até ser adquirido pelo Estado em 1933. As obras de restauro foram entregues a Leopoldo Torres Balbás, que também esteve envolvido no restauro da Alhambra. Em 1992 voltou a ser restaurado, sob a direção do arquiteto Rafael Soler Márquez, mas algumas partes só seriam restauradas na intervenção que terminou em novembro de 2006, dedicada à limpeza e consolidação de diversos elementos da fachada.

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