Alhambra

Alhambra ou, preferencialmente, Alambra (em árabe: الحمراء; "a Vermelha") é um complexo palaciano e fortaleza localizado na cidade e município de Granada, na província homónima, comunidade autónoma da Andaluzia, na Espanha, em posição dominante no alto duma elevação arborizada na parte sudeste da cidade.

Esta rica alcáçova (ou al-Ksar) alojava o monarca dos nacéridas e a corte do Reino de Granada. O seu verdadeiro atrativo, como outras obras muçulmanas da época, são os interiores, cuja decoração está no cume da arte islâmica. Esta importante atracção turística espanhola exibe os mais famosos elementos da arquitectura islâmica no país, juntamente com estruturas cristãs do século XVI e intervenções posteriores em edifícios e jardins que marcam a sua imagem tal como pode ser vista na actualidade.

No interior do recinto da Alhambra fica o Palácio de Carlos V, um palácio erguido pelo Imperador Carlos V do Sacro Império Romano Germ...Ler mais

Alhambra ou, preferencialmente, Alambra (em árabe: الحمراء; "a Vermelha") é um complexo palaciano e fortaleza localizado na cidade e município de Granada, na província homónima, comunidade autónoma da Andaluzia, na Espanha, em posição dominante no alto duma elevação arborizada na parte sudeste da cidade.

Esta rica alcáçova (ou al-Ksar) alojava o monarca dos nacéridas e a corte do Reino de Granada. O seu verdadeiro atrativo, como outras obras muçulmanas da época, são os interiores, cuja decoração está no cume da arte islâmica. Esta importante atracção turística espanhola exibe os mais famosos elementos da arquitectura islâmica no país, juntamente com estruturas cristãs do século XVI e intervenções posteriores em edifícios e jardins que marcam a sua imagem tal como pode ser vista na actualidade.

No interior do recinto da Alhambra fica o Palácio de Carlos V, um palácio erguido pelo Imperador Carlos V do Sacro Império Romano Germânico em 1527.

Juntamente com os vizinhos Generalife (uma villa que inclui extensos jardins e hortas) e o bairro do Albaicín, constitui o sítio inscrito na lista de Patrimônio Mundial da UNESCO "Alhambra, Generalife e Albaicín, Granada".

 Alhambra vista dos jardins da Generalife, ao fundo o bairro de Albaicín

A maior parte do complexo foi construído, principalmente, entre 1248 e 1354, nos reinados de Maomé I e dos seus sucessores; a Alhambra é um reflexo da cultura dos últimos anos do reino nacérida, sendo um local onde os artistas e intelectuais procuravam refúgio no decurso das vitórias cristãs por todo o Alandalus. Mistura elementos naturais com outros feitos pela mão do homem, sendo um testemunho da habilidade dos artesãos muçulmanos da época.

A primeira referência ao Qal’at al Hamra surge durante as batalhas entre árabes e muladis ocorridas no reinado de Abedalá I de Córdova (888-912). Num confronto particularmente feroz e sangrento, os muladies derrotaram completamente os árabes, os quais foram, então, forçados a refugiar-se num primitivo castelo vermelho na província de Elvira, presentemente localizado em Granada. De acordo com documentos da época que sobreviveram até aos nossos dias, esse castelo era bastante pequeno e as suas muralhas eram incapazes de deter um exército que desejasse conquistá-lo. O castelo foi amplamente ignorado até ao século XI, quando as suas ruínas foram renovadas e reconstruídas por Samuel ibn Naghralla, vizir do emir zirida Badis ibne Almançor, numa tentativa de preservar a pequena comunidade judia também localizada na Colina de La Sabika. No entanto, evidências presentes em textos árabes indicam que a fortaleza foi facilmente penetrada e que a Alhambra que sobrevive até à actualidade foi construída durante o Reino Nacérida.

 Um detalhe dos arabescos Um detalhe dos arabescos Emblema dos Reis Cristãos esculpido depois da conquista Moçárabes: detalhe da decoração

Maomé I, chamado Alamar (o vermelho) por ter a barba ruiva, o fundador da dinastia nacérida, foi forçado a fugir para Xaém de forma a evitar a perseguição de Fernando III de Castela e dos seus apoiantes durante a tentativa de libertar a Espanha do domínio mouro. Em 1238, ibne Alamar entra em Granada pela Puerta de Elvira, tendo instalado residência no Palacio del Gallo del Viento, o palácio de Badis. Poucos meses depois, lançou-se na construção duma nova Alhambra preparada para a residência dum rei. De acordo com um manuscrito árabe publicado como o Anónimo de Granada y Copenhague, "Este ano 1238 Abedalá ibne Alamar escalou ao lugar chamado "a Alhambra" inspeccionou-o, definiu a fundação dum castelo e deixou alguns encarregados para a sua construção (…)". O desenho incluía planos para seis palácios, cinco dos quais agrupados no quadrante nordeste formando um quarteirão real, duas torres circulares e numerosos banhos. Durante o domínio da dinastia nacérida, a Alhambra foi transformada numa cidade palaciana, completada com um sistema de irrigação composto por canais para os jardins da Generalife, uma villa localizada no exterior da fortaleza. Previamente, a velha estrutura da Alhambra estava dependente da água da chuva recolhida para uma cisterna e daquela que podia ser trazida do Albaicín. A criação do Canal do Sultão solidificou a identidade da Alhambra como uma cidade-palácio, em vez duma estrutura defensiva e ascética.

 Janela com arabescos Porta e arabescos

O estilo granadino na Alhambra é o culminar da arte andaluza, o que ocurreu em meados do século XIV durante os reinados de Iúçufe I (1333-1354) e Maomé V (1354-1391). Os esplêndidos arabescos do interior estão relacionados, entre outros monarcas, com Iúçufe I, Maomé V, Ismail I, etc.

O domínio muçulmano de Granada chegou ao fim em 1492, quando os nacéridas foram derrotados pelo Rei Fernando II de Aragão e pela Rainha Isabel de Castela, os quais tomaram a região envolvente duma forma esmagadora. Depois dessa data, os conquistadores começaram a alterar o complexo arquitectónico, com os Reis Católicos a fazerem da Alhambra um palácio real. Os trabalhos inacabados foram cobertos de cal, apagaram-se as pinturas e dourados, o mobiliário foi destruído ou levado para outros locais. O Conde de Tendilla, da Família de Mendoza, foi o primeiro alcaide cristão da Alhambra. Hernando del Pulgar, cronista da época, conta: O Conde de Tendilla e o Comendador Maior de Leão, Gutierre de Cárdenas, receberam de Fernando o Católico as chaves de Granada, entraram na Alhambra e no alto da Torre de Comares içaram a cruz e a bandeira.

Carlos V (1516–1556) reconstruiu partes do complexo no estilo renascença, contemporâneo, destruindo grande parte do palácio de Inverno para dar espaço a uma estrutura, também em estilo Renascença, que nunca chegou a ser concluída. Filipe V (1700–1746) modificou os quartos para um estilo mais italianizante e completou o seu palacete mesmo no centro do que fora o edifício mourisco. Erigiu determinadas partes que taparam por completo algumas estruturas originais. Em anos subsequentes, sob as autoridades espanholas, a arte islâmica continuou a ser desfigurada. Em 1812, algumas das torres foram demolidas pelos franceses, comandados pelo Conde Sebastiani. O resto do edifício escapou por pouco - aliás, era essa a intenção inicial de Napoleão. Contudo, um soldado incapacitado, querendo frustrar as intenções do seu comandante, desarmou alguns dos explosivos, salvando o que restava de Alhambra para a posteridade.

Em 1821, um sismo causou mais estragos. O trabalho de restauro, começado em 1828, da responsabilidade do arquitecto José Contreras, foi patrocinado em 1830 por Fernando VII. Depois da morte de Contreras, em 1847, foi continuado, com franco sucesso, pelo seu filho Rafael (morreu em 1890), e pelo seu neto Mariano.

O Comité do Património Mundial da UNESCO declarou a Alhambra e o Generalife de Granada como Património Cultural da Humanidade na sua sessão do dia 2 de Novembro de 1984 e, cinco anos depois, o bairro do Albaicín (Al Albayzín), antiga cidade medieval muçulmana, obteve a mesma denominação como extensão da declaração de Património Cultural da Humanidade de La Alhambra e do Generalife. A Alhambra foi um dos 21 candidatos finalistas para a eleição das Novas Sete Maravilhas do Mundo, embora, no final, não tenha conseguido arrebatar o título.

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