Contexto de Berlim

Berlim (em alemão: Berlin) é a capital e um dos dezesseis estados da Alemanha. Com uma população de 3,5 milhões dentro de limites da cidade, é a maior cidade do país, e a sétima área urbana mais povoada da União Europeia. Situada no nordeste da Alemanha, é o centro da área metropolitana de Berlim-Brandemburgo, que inclui 5 milhões de pessoas de mais de 190 nações. Localizada na grande planície europeia, Berlim é influenciada por um clima temperado sazonal. Cerca de um terço da área da cidade é composta por florestas, parques, jardins, rios e lagos.

Documentada pela primeira vez no século XIII, Berlim foi sucessivamente a capital do Reino da Prússia (1701-1918), do Império Alemão (1871-1918), da República de Weimar (1919-1933) e do Terceiro Reich (1933-1945). Após a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi dividida; Berlim Oriental se tornou a capital da Alemanha Oriental, enquanto Berlim Ocidental se tornou um exclave da Alemanha ...Ler mais

Berlim (em alemão: Berlin) é a capital e um dos dezesseis estados da Alemanha. Com uma população de 3,5 milhões dentro de limites da cidade, é a maior cidade do país, e a sétima área urbana mais povoada da União Europeia. Situada no nordeste da Alemanha, é o centro da área metropolitana de Berlim-Brandemburgo, que inclui 5 milhões de pessoas de mais de 190 nações. Localizada na grande planície europeia, Berlim é influenciada por um clima temperado sazonal. Cerca de um terço da área da cidade é composta por florestas, parques, jardins, rios e lagos.

Documentada pela primeira vez no século XIII, Berlim foi sucessivamente a capital do Reino da Prússia (1701-1918), do Império Alemão (1871-1918), da República de Weimar (1919-1933) e do Terceiro Reich (1933-1945). Após a Segunda Guerra Mundial, a cidade foi dividida; Berlim Oriental se tornou a capital da Alemanha Oriental, enquanto Berlim Ocidental se tornou um exclave da Alemanha Ocidental, cercada pelo muro de Berlim, entre os anos de 1961-1989; a cidade de Bona tornou-se a capital da Alemanha Ocidental. Após a reunificação alemã em 1990, a cidade recuperou o seu estatuto como a capital da República Federal da Alemanha, sediando 147 embaixadas estrangeiras.

Berlim é uma cidade global e um dos mais influentes centros mundiais de cultura, política, mídia e ciência. Sua economia é baseada principalmente no setor de serviços, abrangendo uma variada gama de indústrias criativas, as corporações de mídia e locais de convenções. Berlim também serve como um hub continental para o transporte aéreo e ferroviário e é um destino turístico popular. As indústrias significativas incluem TI, farmacêutica, engenharia biomédica, biotecnologia, eletrônica, engenharia de tráfego e energia renovável.

A cidade serve como um importante centro do transporte continental e é a sede de algumas das mais importantes universidades, eventos esportivos, orquestras e museus. O rápido desenvolvimento da metrópole atraiu uma reputação internacional aos seus festivais, arquitetura contemporânea e vida noturna, sendo um grande centro turístico e moradia para pessoas de 180 nações diferentes.

Mais sobre Berlim

Population, Area & Driving side
  • População 3755251
  • Área 891
Histórico
  • Pela primeira vez documentada no século XIII, Berlim foi sucessivamente a capital do Reino da Prússia (1701), do Império Alemão (1871-1918), da República de Veimar (1919-1932) e do Terceiro Reich (1933-1945). Depois da Segunda Guerra Mundial, a cidade foi dividida. Berlim Oriental se tornou a capital da República Democrática Alemã (RDA), enquanto Berlim Ocidental continuou sendo parte da República Federal da Alemanha (RFA).[1] Com a reunificação alemã em 1990, a cidade passou a ser capital de toda a Alemanha.[2]

    Primórdios

    Na Antiguidade, a zona onde hoje se situa Berlim começou a ser habitada por diversas tribos que se estabeleceram nas margens dos rios Spree e Havel. No século VI, diversas tribos eslavas construíram fortificações nas actuais zonas suburbanas de Spandau e Köpenick. Por volta do século XI, Alberto, guerreiro saxão da Casa dos Ascânios, derrotou as tribos eslavas e tornou-se o primeiro marquês de Brandemburgo. Por essa altura, estabeleceram-se, nas margens do rio Spree, imigrantes de outras regiões, nomeadamente do vale do Reno e da Francónia.[2]

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    Pela primeira vez documentada no século XIII, Berlim foi sucessivamente a capital do Reino da Prússia (1701), do Império Alemão (1871-1918), da República de Veimar (1919-1932) e do Terceiro Reich (1933-1945). Depois da Segunda Guerra Mundial, a cidade foi dividida. Berlim Oriental se tornou a capital da República Democrática Alemã (RDA), enquanto Berlim Ocidental continuou sendo parte da República Federal da Alemanha (RFA).[1] Com a reunificação alemã em 1990, a cidade passou a ser capital de toda a Alemanha.[2]

    Primórdios

    Na Antiguidade, a zona onde hoje se situa Berlim começou a ser habitada por diversas tribos que se estabeleceram nas margens dos rios Spree e Havel. No século VI, diversas tribos eslavas construíram fortificações nas actuais zonas suburbanas de Spandau e Köpenick. Por volta do século XI, Alberto, guerreiro saxão da Casa dos Ascânios, derrotou as tribos eslavas e tornou-se o primeiro marquês de Brandemburgo. Por essa altura, estabeleceram-se, nas margens do rio Spree, imigrantes de outras regiões, nomeadamente do vale do Reno e da Francónia.[2]

     Berlim por volta de 1688 (Desenho de 1835)

    O primeiro documento histórico berlinense remonta a 1237, aludindo às povoações de Cölln e Berlim, situadas em cada uma das margens do rio Spree, envolvendo o local onde hoje se situa Nikolaiviertel. As duas localidades aliaram-se em 1307, tendo constituído um município comum. Com a morte, em 1319, do último governante ascânio, Brandemburgo foi disputada pelas casas de Luxemburgo e Wittelsbach, o que originou lutas sangrentas. Em 1414, os habitantes de Berlim, cansados de tanto sofrimento, solicitaram o auxílio do imperador do Sacro Império Romano-Germânico, que lhes enviou, como protector, Frederico de Hohenzollern, dando origem a 500 anos de domínio da Casa de Hohenzollern. Em 1432, Cölln e Berlim consolidaram a aliança de 1307, tendo se unificado formalmente. Em 1486 tornou-se na sede do eleitorado de Brandemburgo.[2]

    Com a subida, em 1640, de Frederico Guilherme I de Brandemburgo ao trono de Brandemburgo, a cidade de Berlim desenvolveu-se enormemente, tanto em extensão como em quantidade de habitantes, atingindo, no final do século XVII, o número de 20 mil. Na segunda metade desse século, Berlim foi fortificada, abriu-se um canal ligando os rios Spree e Oder e foram plantadas tílias na Unter den Linden - hoje uma das mais importantes artérias da cidade, em cujo extremo poente se situa o mais conhecido monumento de Berlim: a Porta de Brandemburgo.[2]

    Séculos XVIII a XIX  Napoleão entra em Berlim em 27 de outubro de 1806

    No início do século XVIII, Frederico III de Hohenzollern, sucessor de Frederico Guilherme, transformou Brandemburgo num reino, tendo sido coroado como Frederico I da Prússia. Berlim passou, então, à categoria de capital prussiana, vendo nascer as Academias de Belas Artes e da Ciência. Edifícios imponentes surgiram por todos os lados, destacando-se a Zeughaus e o palácio de verão (Charlottenburg).[2]

    No tempo de Frederico Guilherme I, filho de Frederico I da Prússia, a população de Berlim alcançava os 90 000 habitantes. O rei seguinte, Frederico II, transformou-a numa cidade cultural. Quando da sua morte, nos finais do século XVIII, a população de Berlim atingia os 150 000 habitantes.[2]

     
    Fábrica de trens de August Borsig em 1847
     
    Berlim se tornou a capital do Império Alemão em 1871. Na imagem, Unter den Linden em 1900
     
    Berlim em ruínas após o término da Segunda Guerra Mundial (Portão de Brandemburgo, 1945)

    No início do século seguinte, Napoleão Bonaparte venceu os prussianos, ocupou Berlim e levou para Paris a Quadriga que encimava a Porta de Brandemburgo, orgulho da cidade. Com a derrota de Napoleão, a quadriga voltou a ser colocada no mesmo local, com grande júbilo da população. Iniciou-se, nesta época, a industrialização de Berlim: surgiu uma fábrica de locomotivas em 1837 e, no ano seguinte, foi inaugurada a linha ferroviária entre a capital e Potsdam. Berlim encheu-se de edifícios grandiosos concebidos, na maior parte, por Karl Friedrich Schinkel. Em 1850, Berlim já tinha 300 mil habitantes.[2]

    Otto von Bismarck, ao ser nomeado chanceler em 1861, encetou, a partir de 1864, uma política visando a posicionar a Prússia à cabeça de todos os estados de língua alemã em detrimento da Áustria. Para o efeito, a Prússia declarou, sucessivamente, guerra à Dinamarca, à Áustria e à França, assumindo o controle de Schleswig-Holstein, da Confederação da Alemanha do Norte (associação que englobava 22 estados e cidades livres) e das províncias da Alsácia e da Lorena.[2]

    Em 18 de janeiro de 1871, Bismark proclamou o Império Alemão, tendo por capital Berlim, e Guilherme da Prússia como imperador (cáiser). A abolição das barreiras comerciais e as indenizações pagas pela França permitiram um enorme desenvolvimento industrial, com o consequente aumento populacional da cidade de Berlim e uma melhoria significativa da infraestrutura urbana: novo sistema de esgotos (1876), iluminação eléctrica (1879) e instalação de telefones e da primeira linha férrea urbana (1881).[2]

    Século XX

    No início do século XX, a cidade atingia 1,9 milhão de habitantes, duplicando esse número volvidos 20 anos. A Primeira Guerra Mundial não teve um reflexo muito grande sobre a estrutura da cidade. Em 30 de janeiro de 1933, Adolf Hitler foi nomeado chanceler. Hitler desejava demolir e reconstruir Berlim, no projeto conhecido como Welthauptstadt Germania (Germânia, a capital do Mundo); o arquiteto proposto para esta nova cidade foi Albert Speer, porém o projeto nunca seria finalizado. Em 1939 com a invasão da Polônia, iniciou-se a Segunda Guerra Mundial que se estenderia até 1945, altura em que a Alemanha perdeu a contenda e Berlim foi invadida pelo Exército Vermelho. A partir de 1940, Berlim sofreu inúmeros bombardeios, especialmente no último ano da guerra, tendo a maioria dos edifícios ficado em ruínas.[2]

    Após o fim da guerra, as tropas americanas, britânicas, francesas e soviéticas, reunidas em Potsdam, dividiram a cidade em quatro setores. Berlim viu-se no centro da Guerra Fria e foi a protagonista de uma de suas maiores crises, conhecida como o Bloqueio de Berlim (24 de junho de 1948 - 11 de maio de 1949), desencadeada quando a União Soviética interrompeu o acesso ferroviário e rodoviário às zonas de ocupação americana, britânica e francesa. A crise arrefeceu ao ficar claro que a URSS não agiria para impedir a ponte aérea de alimentos e outros gêneros organizada e operada pelas três potências ocidentais (EUA, Reino Unido e França).[2]

     A queda do Muro de Berlim em 1989

    Em 1949 nasceu, nos territórios controlados pelos soviéticos, a República Democrática Alemã, tendo por capital a zona oriental de Berlim. Os restantes setores de Berlim ficam, assim, a constituir um enclave dentro do território da RDA. Para evitar a fuga dos berlinenses para os setores ocidentais, o governo comunista construiu, em 1961, o muro de Berlim, com cerca de 150 km de extensão, envolvendo os restantes setores. Quem tentasse ultrapassá-lo era imediatamente morto.[2]

    A partir de 1989, as mudanças políticas que ocorreram na Europa Oriental levaram à queda do muro de Berlim e à abertura das fronteiras entre a RDA e o restante do território da Alemanha (RFA).[2]

    Em 1990, a Alemanha reunificou-se e Berlim voltou a ser a capital, depois de Bonn ter sido capital provisória da parte ocidental da Alemanha desde os finais da Segunda Guerra Mundial. De então para cá, a cidade tem vindo a sofrer uma completa transformação urbanística, com a reconstrução e reabilitação de edifícios históricos e a edificação de novos bairros voltados para o século XXI, aproveitando, especialmente, as zonas anteriormente ocupadas pelo Muro.[2]

    Berlin Wall, Encyclopædia Britannica, Acessado 5 de Novembro, 2006 (em inglês) a b c d e f g h i j k l m n Enciclopédia Britânica (ed.). «Berlin - History». Consultado em 9 de novembro de 2019 
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