Jamaica
Contexto de Jamaica
Jamaica (pronunciado em inglês: [dʒəˈmeɪkə] (escutar?·info)) é um país insular situado no mar do Caribe (em português europeu, Mar das Caraíbas) que compreende a terceira maior ilha das Grandes Antilhas. A Jamaica é o quinto maior país insular do Caribe (Caraíbas) Os povos indígenas da ilha, os taínos, chamavam-na de Xaymaca em aruaque, ou seja, a "terra da madeira e da água" ou a "terra dos mananciais".
Depois de tornar uma possessão espanhola conhecida como Santiago, em 1655 a ilha passa ao domínio britânico e é nomeada como "Jamaica". O país conseguiu sua completa independência do Reino Unido apenas em 6 de agosto de 1962. Com 2,8 milhões de pessoas, é o terceiro país anglófono mais populoso na América, depois dos Estados Unidos e do Canadá. Kingston é a maior cidade e...Ler mais
Jamaica (pronunciado em inglês: [dʒəˈmeɪkə] (escutar?·info)) é um país insular situado no mar do Caribe (em português europeu, Mar das Caraíbas) que compreende a terceira maior ilha das Grandes Antilhas. A Jamaica é o quinto maior país insular do Caribe (Caraíbas) Os povos indígenas da ilha, os taínos, chamavam-na de Xaymaca em aruaque, ou seja, a "terra da madeira e da água" ou a "terra dos mananciais".
Depois de tornar uma possessão espanhola conhecida como Santiago, em 1655 a ilha passa ao domínio britânico e é nomeada como "Jamaica". O país conseguiu sua completa independência do Reino Unido apenas em 6 de agosto de 1962. Com 2,8 milhões de pessoas, é o terceiro país anglófono mais populoso na América, depois dos Estados Unidos e do Canadá. Kingston é a maior cidade e a capital do país, com uma população que ronda um milhão de habitantes. A Jamaica tem uma grande diáspora em todo o mundo, devido à emigração do país.
Sendo um país de renda média alta, com uma economia fortemente dependente do turismo, a Jamaica possui uma média de 4,3 milhões de turistas por ano. O país tem um desempenho favorável nas medidas de liberdade de imprensa e governança democrática, tendo ocupado a primeira posição no Relatório Mundial da Felicidade entre os países do Caribe em 2021. A Jamaica é um reino da Commonwealth, com o rei Carlos III como seu monarca e chefe de Estado. Seu representante designado no país é o governador-geral da Jamaica, atualmente Patrick Allen. O chefe de governo e primeiro-ministro da Jamaica é Andrew Holness. A Jamaica é uma monarquia constitucional parlamentar com o poder legislativo investido no parlamento bicameral nacional, que consiste de um senado e uma câmara composta por representantes eleitos pela população.
Mais sobre Jamaica
- Código de chamada +1876
- Domínio da Internet .jm
- Mains voltage 116V/50Hz
- Democracy index 6.96
- População 2734093
- Área 10991
- Lado de condução left
- Ver artigo principal: História da JamaicaPré-história
Os índios aruaques e taínos, originários da América do Sul, se estabeleceram na ilha entre 4 000 e 1 000 a.C.[1] Quando Cristóvão Colombo chegou em 1494, havia mais de 200 aldeias governadas por caciques (chefes de aldeias). A costa sul da Jamaica era a mais povoada, especialmente em torno da área hoje conhecida como Porto Velho. Os taínos ainda habitavam a Jamaica quando os britânicos assumiram o controle da ilha em 1655. O Jamaican National Heritage Trust está a tentar localizar e documentar qualquer evidência dos povos taínos e aruaques.[2]
...Ler maisLeia menosVer artigo principal: História da JamaicaPré-históriaOs índios aruaques e taínos, originários da América do Sul, se estabeleceram na ilha entre 4 000 e 1 000 a.C.[1] Quando Cristóvão Colombo chegou em 1494, havia mais de 200 aldeias governadas por caciques (chefes de aldeias). A costa sul da Jamaica era a mais povoada, especialmente em torno da área hoje conhecida como Porto Velho. Os taínos ainda habitavam a Jamaica quando os britânicos assumiram o controle da ilha em 1655. O Jamaican National Heritage Trust está a tentar localizar e documentar qualquer evidência dos povos taínos e aruaques.[2]
Colonização Domínio espanholCristóvão Colombo reivindicou a Jamaica para a Espanha após aportar lá em 1494, provavelmente em Porto Seco, agora chamado de Discovery Bay.[3] Há algum debate sobre se ele desembarcou em St. Ann Bay ou em Discovery Bay. St. Ann Bay foi batizada de "Santa Glória" por Colombo, como o primeiro avistamento de terra. Uma milha a oeste de St. Ann Bay é o local do primeiro assentamento espanhol na ilha, conhecido como Sevilla, que foi criado em 1509 e abandonado por volta de 1524 porque foi considerado insalubre.[4] A capital foi transferida para a cidade espanhola então chamada São Jago de la Vega, em torno de 1534 (na atual St. Catherine).[5]
Domínio britânicoSpanish Town tem a catedral mais antiga das colônias britânicas no Caribe.[5] Os espanhóis foram expulsos à força pelos britânicos em Ocho Rios, em St. Ann. Em 1655, os britânicos, liderados por Sir William Penn e pelo General Robert Venables, assumiram o último forte espanhol na Jamaica.[6] O nome de Montego Bay, a capital da paróquia de St. James, é proveniente do nome em espanhol mantega bahía (ou baía de banha), aludindo à indústria de fabricação de banha com base no processamento dos inúmeros javalis na área.[7]
Em 1660, a população da Jamaica era de cerca de 4,5 mil brancos e 1,5 mil negros,[9] mas, já na década de 1670, os negros formaram a maioria da população.[10] Por conta de perseguição na Europa, a Jamaica tornou-se um refúgio para os judeus no Novo Mundo, atraindo também aqueles que tinham sido expulsos de Espanha e Portugal. Os primeiros judeus tinham chegado em 1510, logo após o filho de Cristóvão Colombo se estabelecer na ilha. Formada principalmente por mercadores e comerciantes, a comunidade judaica foi forçado a viver uma vida clandestina e se autodenominam "portugals". Depois que os britânicos assumiram o governo da Jamaica, os judeus da ilha decidiram que a melhor defesa contra uma possível tentativa de reconquista por parte da Espanha era contribuir para que a colônia se tornasse uma base para os piratas do Caribe. Com os piratas instalados em Port Royal, os espanhóis seriam dissuadidos de atacar. Os líderes britânicos concordaram com a viabilidade desta estratégia para evitar uma agressão externa.[11]
Quando os britânicos capturaram a Jamaica em 1655, os colonos espanhóis fugiram depois de libertar seus escravos.[6] Os escravos ficaram dispersos nas montanhas, juntando-se aos maroons ou com os que tinham anteriormente escapado dos espanhóis para viver com os taínos. Os maroons jamaicanos combateram os britânicos durante o século XVIII. O nome é usado ainda hoje por seus descendentes modernos. Durante os séculos de escravidão, os quilombolas estabeleceram comunidades livres no interior montanhoso da Jamaica, onde eles mantiveram a sua liberdade e independência por gerações.[12]
Durante os primeiros 200 anos de domínio britânico, a Jamaica tornou-se um dos principais exportadores de açúcar e uma das nações dependentes de escravos do mundo, produzindo mais de 77 mil toneladas de açúcar por ano entre 1820 e 1824. Após a abolição do tráfico de escravos em 1807, os ingleses importaram trabalhadores indianos e chineses como servos para complementar a força de trabalho. Muitos de seus descendentes continuam a residir na Jamaica atualmente.[13]
Independência e era contemporâneaO excesso de zelo britânico no uso de escravos voltou-se contra eles, e no início do século XIX o número de negros era quase 10 vezes maior do que o de brancos. Seguiu-se uma série de revoltas e, em 1838, a escravatura foi formalmente abolida.
Ao longo dos anos que se seguiram, o grau de autonomia da Jamaica foi aumentando e, em 1958, a Jamaica passou a ser uma província de uma nação independente chamada Federação das Índias Ocidentais. A Jamaica saiu da federação em 1962 e é hoje uma nação soberana.
A deterioração das condições econômicas durante a década de 1970 levou a um estado de violência endêmica e à queda do turismo. Antigas capitais da Jamaica foram Port Royale e Spanish Town, na paróquia de Saint Catherine. A primeira, onde se acoitava o pirata e posteriormente governador Henry Morgan, foi destruída por um tremor de terra e tsunami, e a segunda foi a antiga capital colonial espanhola e depois capital inglesa durante os séculos XVIII e XIX.
↑ «The Taino of Jamaica (Jamaica)». Jamaicans.com. 1 de abril de 2001. Consultado em 4 de julho de 2009 ↑ «Jamaican National Heritage Trust». Web.archive.org. 28 de setembro de 2007. Consultado em 26 de junho de 2010. Arquivado do original em 28 de setembro de 2007 ↑ Pickering, Keith A. «A Christopher Columbus Timeline». Consultado em 30 de setembro de 2010. Arquivado do original em 14 de outubro de 2009 ↑ «History of Jamaica». Jamaica National Heritage Trust. Consultado em 30 de setembro de 2010. Arquivado do original em 26 de setembro de 2010 ↑ a b «Spanish Town». Jamaica National Heritage Trust. Consultado em 30 setembro de 2010 [ligação inativa] ↑ a b «Jamaica's English History». Jamaica National Heritage Trust. Consultado em 30 de setembro de 2010. Arquivado do original em 24 de setembro de 2010 ↑ «Town of Montego Bay info». Mobay.com. 7 de maio de 2007. Consultado em 4 de julho de 2009 ↑ "Henry Morgan: The Pirate Who Invaded Panama in 1671", Historynet.com. ↑ Donovan, J. (1910). Jamaica. Catholic Encyclopedia. New York: Robert Appleton Company ↑ Trevor Burnard, "A failed settler society: marriage and demographic failure in early Jamaica", Journal of Social History, Fall, 1994 ↑ Kritzler, Edward, “The Jewish Pirates of the Caribbean,” Anchor, 2009, p. 15, ISBN 0767919521 ↑ Benitez, Suzette. «The Maroons». Consultado em 30 de setembro de 2010 ↑ The Sugar Revolutions and Slavery, U.S. Library of Congress