Paraty é um município brasileiro localizado no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, distante 258 quilômetros da capital estadual, a cidade do Rio de Janeiro. Junto ao oceano Atlântico, o território municipal está a uma altitude média de apenas cinco metros do nível do mar. Atualmente, possui 930,7 quilômetros quadrados, com uma população de 39.965 habitantes [10], representando uma densidade demográfica de 35,6 habitantes por quilômetro quadrado. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE realizada em 2014, o mesmo ocupa a 43ª posição entre os municípios do estado do Rio por população [11].

O seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,693, segundo dados de 2010 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD (publicados em 2013), o que é considerado "mediano".

Sua sede distrital está localizada ao nível do mar, em terreno localizado entre os rios Perequê Açu e Mateus Nunes, tendo sido projetada...Ler mais

Paraty é um município brasileiro localizado no litoral sul do estado do Rio de Janeiro, distante 258 quilômetros da capital estadual, a cidade do Rio de Janeiro. Junto ao oceano Atlântico, o território municipal está a uma altitude média de apenas cinco metros do nível do mar. Atualmente, possui 930,7 quilômetros quadrados, com uma população de 39.965 habitantes [10], representando uma densidade demográfica de 35,6 habitantes por quilômetro quadrado. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE realizada em 2014, o mesmo ocupa a 43ª posição entre os municípios do estado do Rio por população [11].

O seu Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) é de 0,693, segundo dados de 2010 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento – PNUD (publicados em 2013), o que é considerado "mediano".

Sua sede distrital está localizada ao nível do mar, em terreno localizado entre os rios Perequê Açu e Mateus Nunes, tendo sido projetada levando em conta o fluxo das marés. Como resultado, muitas das ruas do núcleo histórico colonial de Paraty são periodicamente inundadas pelo mar.

Em 5 de julho de 2019, uma porção do  território no qual  estão localizados o núcleo histórico colonial de Paraty e a Ilha Grande, em Angra dos Reis, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela UNESCO, por sua integração excepcional entre valores associados ao patrimônio cultural e ao natural; constituindo-se então,  o primeiro sítio misto do Brasil.

População Indígena
 Ver artigos principais: Povos indígenas do Brasil e Guaianás

Anteriormente a chegada dos europeus ao Brasil, a região da atual Paraty era habitada por indígenas guaianás. Por volta do ano 1000, estes foram expulsos para o interior do continente devido à chegada dos tupis, procedentes da Amazônia.[1]

Início do povoamento europeu
 Ver artigos principais: Colonização portuguesa da América e Brasil Colônia
 Rua de Paraty inundada pela maré alta. Ao fundo, a Igreja de Santa Rita de Cássia.

No século XVI, quando os primeiros europeus chegaram à região de Paraty, esta era habitada pela tribo tupi dos tamoios.[1] Nos primeiros anos do século XVI, os portugueses já conheciam a trilha aberta pelos Guaianás (Trilha dos Goianás) ligando as praias de Paraty ao vale do Paraíba, para lá da Serra do Mar. O primeiro registro escrito sobre a região da atual Paraty é o livro do mercenário alemão Hans Staden, "História verdadeira e descrição de um país de selvagens..." (Marburgo, 1557), que narra a estadia deste por quase um ano em aldeias Tupinambás nas regiões de Paraty e de Angra dos Reis.

Embora alguns autores pretendam que a fundação de Paraty remonte à primeira metade do século XVI, quando da passagem da expedição de Martim Afonso de Sousa, a primeira notícia que se tem do povoado é a da passagem da expedição de Martim Correia de Sá, em 1597. À época, a região encontrava-se compreendida na Capitania de São Vicente.

O núcleo de povoamento europeu iniciou-se no morro situado à margem do rio Perequê-Açu (depois Morro da Vila Velha, atual Morro do Forte). A primeira construção de que se tem notícia é a de uma capela, sob a invocação de São Roque, então padroeiro da povoação, na encosta do morro. O aldeamento dos Guaianás localizava-se à beira-mar. Em 1636, Maria Jácome de Melo fez a doação de uma sesmaria na área situada entre os rios Perequê-açu e Patitiba (atual rio Mateus Nunes) para a instalação do povoado que crescia, com as condições de que os indígenas locais não fossem molestados e de que fosse erigida uma nova capela, sob a invocação de Nossa Senhora dos Remédios. Essa sesmaria corresponde à região do atual Centro Histórico da cidade.[carece de fontes?]

 Igreja Matriz de Nossa Senhora dos RemédiosEmancipação política

A partir de 1664 várias comunidades se registraram entre os moradores, visando tornar a povoação independente da vizinha Angra dos Reis, o que veio a ocorrer em 1670, como fruto da revolta liderada por Domingos Gonçalves de Abreu, vindo o povoado a ser alçado à categoria de vila. Este ato de comunidade foi reconhecido por Afonso V de Portugal, que, por Carta Régia de 28 de fevereiro de 1677 ratificou o ato dando-lhe o nome de "Vila de Nossa Senhora dos Remédios de Paraty".



O ciclo do ouro e a Estrada Real
 Ver artigos principais: Ciclo do ouro e Estrada real
 Rua de Paraty pavimentada com pedras irregulares.[2] Paraty em 1950. Em 1972.


Com a descoberta de ouro pelos paulistas na Capitania de São Vicente (na atual região de Minas Gerais), a dinâmica de Paraty ganhou novo impulso já que a capital do Brasil foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro por esse motivo. Em 1702, o governador da capitania do Rio de Janeiro determinou que as mercadorias somente poderiam ingressar na Colônia pela cidade do Rio de Janeiro e daí tomar o rumo de Paraty, de onde seguiriam para as Minas Gerais pela antiga trilha indígena, agora pavimentada com pedras irregulares, que passou a ser conhecida por Caminho do Ouro.

A proibição do transporte de ouro pela estrada de Paraty, a partir de 1710, fez os seus habitantes se rebelarem. A medida foi revogada, mas depois restabelecida. Este fato, mas principalmente a abertura do chamado Caminho Novo, ligando diretamente o Rio de Janeiro às Minas, tiveram como consequência a diminuição do movimento na vila.

A partir do século XVII registra-se o incremento no cultivo de cana-de-açúcar e a produção de aguardente. No século XVIII o número de engenhos ascendia a 250, registrando-se, em 1820, 150 destilarias em atividade. A produção era tão elevada que a expressão "Parati" passou a ser sinônimo de cachaça, produção artesanal que perdura até aos nossos dias.

O século XIX e o ciclo do café
 Ver artigo principal: Conde de Parati

Para burlar a proibição ao tráfico de escravos decretada pelo regente Padre Diogo Antônio Feijó, o desembarque de africanos passa a ser feito em Paraty. As rotas, por onde antes circulava o ouro, passaram então a ser usadas para o tráfico e para o escoamento da produção cafeeira do vale do Paraíba, que então se iniciava.[3]

À época do Segundo Reinado, um Decreto-lei de 1844, do imperador Pedro II do Brasil, elevou a antiga vila a cidade. Com a chegada da ferrovia a Barra do Piraí (1864) a produção passou a ser escoada por ela, condenando Paraty a um longo período de decadência.[2]

O ciclo do turismo

A cidade e o seu patrimônio foram preservados e reconhecidos como Patrimônio brasileiro, sendo o núcleo urbano colonial e seu conjunto arquitetônico acautelados pela legislação federal de proteção do patrimônio cultural – lei de tombamento, e redescobertos em 1964, com a reabertura da estrada que a ligava ao estado de São Paulo - a Paraty-Cunha -, vindo a constituir-se em um polo de atração turística. Desse modo, em 1958, o conjunto histórico de Paraty foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.[4] O movimento turístico intensificou-se com a abertura da Rio-Santos (BR-101) em 1973.

Na década de 1980 indígenas Guarani M'bya, procedentes do sul do país, instalaram-se no município, nas atuais aldeias de Araponga e Paratimirim.

Hoje a cidade é o segundo polo turístico do estado do Rio de Janeiro e o 17º do país. O jornal The New York Times, destacou a cidade como destino cultural mais rico da Costa Verde.[5] Foi uma das poucas cidades que não são capital de estado a receber a tocha dos Jogos Pan-americanos de 2007 nos dias que antecederam os jogos.

a b BUENO, E. Brasilː uma história. 2ª edição. São Paulo. Ática. 2003. p. 18,19. a b Brasil Cidade. «História de Parati». Consultado em 24 de março de 2012. Arquivado do original em 26 de outubro de 2010  Eco Paraty. «400 anos de História!». Consultado em 24 de março de 2012  Paraty Turismo e Ecologia. «História, Paraty». Consultado em 24 de março de 2012  «Cidade histórica completa 345 anos hoje com festa». A Voz da Cidade. 28 de fevereiro de 2012. Consultado em 24 de março de 2012 
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