Porto

O Porto é uma cidade portuguesa e capital da sub-região da Área Metropolitana do Porto e da região do Norte, pertencendo ao distrito do Porto. É sede do Município do Porto que tem uma área total de 41,42 km2, 237.559 habitantes em 2024 e uma densidade populacional de 5.165 hab./km2, subdividido em 7 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Matosinhos e Maia, a leste por Gondomar, a sul por Vila Nova de Gaia e a oeste pelo Oceano Atlântico.

É a cidade que deu o nome a Portugal — desde muito cedo (c. 200 a.C.), quando se designava de Portus Cale, vindo mais tarde a tornar-se a capital do Condado Portucalense, de onde se formou Portugal. É ainda uma cidade conhecida mundialmente pelo seu vinho, pelas suas pontes e arquitetura contemporânea e antiga, o seu centro histórico, classificado como Património Mundial pela UNESCO, pela qualidade dos seus restaurantes e pela sua gastronomia, pelas suas principais equipas de ...Ler mais

O Porto é uma cidade portuguesa e capital da sub-região da Área Metropolitana do Porto e da região do Norte, pertencendo ao distrito do Porto. É sede do Município do Porto que tem uma área total de 41,42 km2, 237.559 habitantes em 2024 e uma densidade populacional de 5.165 hab./km2, subdividido em 7 freguesias. O município é limitado a norte pelos municípios de Matosinhos e Maia, a leste por Gondomar, a sul por Vila Nova de Gaia e a oeste pelo Oceano Atlântico.

É a cidade que deu o nome a Portugal — desde muito cedo (c. 200 a.C.), quando se designava de Portus Cale, vindo mais tarde a tornar-se a capital do Condado Portucalense, de onde se formou Portugal. É ainda uma cidade conhecida mundialmente pelo seu vinho, pelas suas pontes e arquitetura contemporânea e antiga, o seu centro histórico, classificado como Património Mundial pela UNESCO, pela qualidade dos seus restaurantes e pela sua gastronomia, pelas suas principais equipas de futebol, o Futebol Clube do Porto, o Boavista Futebol Clube, o Sport Comércio e Salgueiros, pela sua principal universidade pública: a Universidade do Porto, colocada entre as 200 melhores universidades do Mundo e entre as 100 melhores universidades da Europa, bem como pela qualidade dos seus centros hospitalares.

É a sede da Área Metropolitana do Porto, que agrupa 17 municípios com 1 737 395 habitantes em 1 900 km² de área, com uma densidade populacional próxima de 914 hab./km², o que torna a cidade a 13ª área urbana mais populosa da União Europeia e a segunda área (NUTS III) mais populosa de Portugal. O Porto e a Área Metropolitana do Porto constituem o núcleo estrutural da Região do Norte, que tem uma população de 3 689 609 habitantes (Censos de 2011), sendo, portanto, a região (NUTS II) mais populosa de Portugal. Compreende 8 sub-regiões ou unidades de nível III (NUTS III).

O Porto, juntamente com os concelhos vizinhos de Vila Nova de Gaia e de Matosinhos, forma a Frente Atlântica do Porto, que constitui o núcleo populacional mais urbanizado da Área Metropolitana, situado no litoral, delimitado, a oeste, pelo Oceano Atlântico, com a influência estrutural do estuário do Rio Douro, que une Gaia ao Porto. A cidade é a mais importante da altamente industrializada zona litoral da Região Norte, onde se localizam grande parte dos mais importantes grupos económicos do país, tais como a Altri, o Grupo Amorim/Corticeira Amorim, o Banco BPI, a BIAL, a EFACEC, a Frulact, a Lactogal, o Millennium BCP, a Porto Editora, a Sonae, a Unicer ou o Grupo RAR. A Associação Empresarial de Portugal está sediada no Porto. A Região do Norte é a única região portuguesa que exporta mais do que importa.

 Ver artigo principal: História do Porto
Fundação e primeiros povos

Tem origem num povoado celta, pré-romano. Na época romana designava-se Cale ou Portus Cale, sendo a origem do nome de Portugal.

A 27 de abril de 711, dá-se o início da invasão muçulmana da Península Ibérica, com o desembarque em Gibraltar dum exército mouro de 9 000 homens, liderados por Tárique.[1][2] Em 714 tomam Lisboa, e em 715 as forças islâmicas atingem a região norte do que hoje conhecemos como Portugal, tomando as principais povoações e cidades, tais como Porto e Braga.[3][4] Em 716 já praticamente toda a Península estava sob domínio do Califado Omíada,[5][6][7] com exceção de uma pequena zona montanhosa das Astúrias, onde a resistência cristã se refugiou.[8]

Passado um século e meio, em 868, surgem as primeiras tentativas de reconquista definitiva, Vímara Peres, fundador da terra portucalense, teve uma importante contribuição na conquista do território, restaurando assim a cidade de Portucale.

 Sé do Porto com a Antiga Casa da Câmara ao fundo

Finalmente, e passados dois séculos após o início da invasão,[1] em 999, fidalgos gascões entre os quais se encontrava D. Nónego bispo de Vendôme em França e mais tarde bispo do Porto entraram com uma grande armada pela foz do Rio Douro, para expulsarem os mouros. Esta armada, que ficou conhecida como a Armada dos Gascões, associada a D. Munio Viegas, conquistou a cidade do Porto aos mouros para dedicá-la à Virgem Mãe de Deus. Depois desta batalha, D. Munio e os "franceses" trataram de reedificar o Porto. Ergueram as antigas e fortes muralhas, e na parte mais elevada da cidade, fundaram um alcácer acastelado e bem fortalecido que, depois do conde Henrique, serviu de habitação dos bispos, aos quais foi doado. A torre e a porta principal foram obra de D. Nónego, que, em memória da pátria, a nomeou porta de Vandoma, e que na frontaria da torre fez erguer o santuário, onde colocou a imagem de Nossa Senhora do Porto, que já trouxera consigo de França.[9]

Em 1111, Teresa de Leão, mãe do futuro primeiro rei de Portugal, concedeu ao bispo D. Hugo o couto do Porto. Das armas da cidade faz parte a imagem de Nossa Senhora. Daí o facto de o Porto ser também conhecido por "cidade da Virgem", epítetos a que se devem juntar os de "Antiga, Mui Nobre, Sempre Leal e Invicta", que lhe foram sendo atribuídos ao longo dos séculos e na sequência de feitos valorosos dos seus habitantes, e que foram ratificados por decreto de D. Maria II de Portugal.[10]

Séculos XIV e XV

A cidade foi apelidada de "Paraíso" por D.Fernando que, durante a sua infância, visitou várias vezes a cidade acompanhado dos maiores e mais poderosos descendentes das grandes famílias nobiliárquicas portugueses tais como D.Dinis de Aveiro, grande amigo dele.[11][12]

Durante a crise dinástica de 1383–1385 a cidade manteve-se, a grande maioria do tempo, leal ao Mestre de Avis, filho ilegítimo de D.Pedro e meio-irmão de D.Fernando. Em 1384, junto do que é hoje a margem norte da cidade do Porto, uma força expedicionária castelhana, que tinha entrado em Portugal pela Galiza, é enfrentada por uma pequena guarnição portuguesa composta por cerca de 180 homens, que tinha como função patrulhar a passagem ilegal através do rio Douro. A força castelhana, muito mais numerosa, contava com cerca de 650 homens, entre os quais 500 eram peões e os restantes uma mistura de 150 fidalgos castelhanos e franceses, que tinha como objetivo juntar-se ao exército de D.Juan de Castela para o cerco de Lisboa. Esta pequena escaramuça decorreu na manhã de 16 de julho de 1384 e teve um desfecho agradável para os portugueses que, mesmo com tamanha desvantagem numérica, conseguiram afugentar os castelhanos, que partiram em debanda para o norte de Portugal. Os mantimentos que traziam para aliviar as tropas castelhanas no cerco de Lisboa foram apreendidos por Pedro Rito e Dinis Oliveira, oficiais da guarnição portuguesa. Há quem diga que esta pequena batalha foi decisiva para o desfecho do cerco em Lisboa, pois além de as tropas castelhanas perderem um reforço de 650 homens, todos os mantimentos que traziam como comida e armas de cerco foram apreendidos e nunca chegaram ao resto do exército.[13][14]

Foi dentro dos seus muros que se efetuou o casamento do rei D. João I com a princesa inglesa D. Filipa de Lencastre. A cidade foi berço do infante D. Henrique, conhecido como o Infante de Sagres ou O Navegador.

Devido aos sacrifícios que a cidade fez para apoiar a preparação da armada que partiu, em 1415, para a conquista de Ceuta, tendo a população do Porto oferecido aos expedicionários toda a carne disponível, ficando apenas com as "tripas" para a alimentação, os naturais do Porto ganharam a alcunha de "tripeiros", uma expressão mais carinhosa que pejorativa. É também esta a razão pela qual o prato tradicional da cidade ainda é, hoje em dia, as "Tripas à moda do Porto".

Séculos XVIII e XIX  Avenida dos Aliados

A cidade desempenhou um papel fundamental na defesa dos ideais do liberalismo mais concretamente nas batalhas do século XIX. Aliás, a coragem com que suportou o cerco das tropas miguelistas durante a guerra civil de 1832–34 e os feitos valorosos empreendidos pelos seus habitantes — o famoso Cerco do Porto — valeram-lhe mesmo a atribuição, pela rainha D. Maria II, do título — único entre as demais cidades de Portugal — de Invicta Cidade do Porto (ainda hoje presente no listel das suas armas), donde o epíteto com que é frequentemente mencionada por antonomásia — a «Invicta». Alberga numa das suas muitas igrejas — a da Lapa — o coração de D. Pedro IV de Portugal, que o ofereceu à população da cidade em homenagem ao contributo dado pelos seus habitantes à causa liberal.

Cidade agraciada com a Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito a 26 de abril de 1919.[15]

a b «April 29 711 AD - Moorish General Tariq ibn-Ziyad Lands at Gibraltar». Consultado em 19 de maio de 2015  «Medieval Sourcebook: Ibn Abd-el-Hakem: The Islamic Conquest of Spain». Consultado em 19 de maio de 2015. Arquivado do original em 17 de abril de 2015  Roger, Collins (1989). The Arab Conquest of Spain 710-797. [S.l.: s.n.] ISBN 0-631-19405-3  «História e Geografia de Braga». Consultado em 19 de abril de 2015. Arquivado do original em 9 de setembro de 2015  «Omíadas». Consultado em 19 de abril de 2015. Arquivado do original em 18 de maio de 2015  «Os Omíadas». Consultado em 19 de abril de 2015. Arquivado do original em 7 de março de 2016  «A Expansão Árabe». Consultado em 19 de abril de 2015  «Invasão Muçulmana da Península Ibérica». 19 de abril de 2015 [ligação inativa] COELHO, José Júlio Gonçalves. Notre-Dame de Vendôme et les Armoiries de la Ville de Porto, Mémoire Historique et Archéologique. Vendôme 1907 Legislação Régia (1837). «Decreto de 14 de janeiro de 1837»  Saraiva, José (1993). História de Portugal. Mem Martins: Publicações Europa-América. p. 569  Marques, António (1980). História de Portugal. Lisboa: Palas Editores. p. 179  Crise de 1383-1385 in Infopédia. Porto: Porto Editora, 2003-2019: https://www.infopedia.pt/apoio/artigos/$crise-de-1383-1385 Fernão Lopes. Crónica de el-rei D. João I, cap. CXIV a CL «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Cidade do Porto". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 22 de outubro de 2014 
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