Astúrias
Contexto de Astúrias
O Principado das Astúrias (em castelhano: Principado de Asturias, [pɾinθiˈpaðo ðe asˈtuɾjas]; em asturiano: Principáu d'Asturies, [pɾinθiˈpaw ðasˈtuɾjes]; em galego-asturiano: Principao d'Asturias) é uma comunidade autónoma definida como nação histórica e província de Espanha. O seu território atual corresponde em grande medida ao antigo território das Astúrias de Oviedo, contíguas às de Santillana.
Recebe o nome de principado por razões históricas, já que o herdeiro da coroa espanhola possui o título nobiliárquico de Príncipe das Astúrias, estabelecido por João I de Castela em 1388. A sua capital é Oviedo (em asturiano: Uviéu) enquanto que Gijón (Xixón) é ...Ler mais
O Principado das Astúrias (em castelhano: Principado de Asturias, [pɾinθiˈpaðo ðe asˈtuɾjas]; em asturiano: Principáu d'Asturies, [pɾinθiˈpaw ðasˈtuɾjes]; em galego-asturiano: Principao d'Asturias) é uma comunidade autónoma definida como nação histórica e província de Espanha. O seu território atual corresponde em grande medida ao antigo território das Astúrias de Oviedo, contíguas às de Santillana.
Recebe o nome de principado por razões históricas, já que o herdeiro da coroa espanhola possui o título nobiliárquico de Príncipe das Astúrias, estabelecido por João I de Castela em 1388. A sua capital é Oviedo (em asturiano: Uviéu) enquanto que Gijón (Xixón) é a cidade com mais população.
Mais sobre Astúrias
- População 1011792
- Área 10603
- Ver artigo principal: História das Astúrias
Ocupada por grupos humanos desde o Paleolítico Inferior, durante o Paleolítico Superior as Astúrias caracterizaram-se pelas pinturas rupestres do oriente da comunidade. No Mesolítico desenvolveu-se uma cultura original, o Asturiense; a seguir introduziu-se a Idade de Bronze, caracterizada pelos megálitos e túmulos.
Na Idade do Ferro, o território esteve submetido à influência cultural celta. O povo celta dos ástures compreendia tribos como os lugões, pésicos, etc., que povoaram todo o território ásture de castros, antigos povoados celtas. A influência celta ainda perdura hoje com os topónimos de rios e montanhas, como nomes de populações. A conquista romana entre 29 e 19 a.C. fez com que as Astúrias entrassem na História.
...Ler maisVer artigo principal: História das AstúriasOcupada por grupos humanos desde o Paleolítico Inferior, durante o Paleolítico Superior as Astúrias caracterizaram-se pelas pinturas rupestres do oriente da comunidade. No Mesolítico desenvolveu-se uma cultura original, o Asturiense; a seguir introduziu-se a Idade de Bronze, caracterizada pelos megálitos e túmulos.
Na Idade do Ferro, o território esteve submetido à influência cultural celta. O povo celta dos ástures compreendia tribos como os lugões, pésicos, etc., que povoaram todo o território ásture de castros, antigos povoados celtas. A influência celta ainda perdura hoje com os topónimos de rios e montanhas, como nomes de populações. A conquista romana entre 29 e 19 a.C. fez com que as Astúrias entrassem na História.
Depois de vários séculos sem presença estrangeira, os suevos e os visigodos tentaram ocupar o território no século VI, que terminaria a princípios do século VIII com a invasão muçulmana. O território, como tinha sucedido com Roma e Toledo, não foi fácil de submeter, estabelecendo-se em 722 uma independência de facto como Reino das Astúrias. A monarquia asturiana daria passo no século X ao Reino de Leão.
Durante os séculos medievais, o isolamento propiciado pela cordilheira cantábrica faz que as referências históricas sejam escassas. Depois da rebelião do filho de Henrique II de Trastâmara, estabelece-se o principado de Astúrias. Durante o século VIII, os árabes dominaram toda a Península Ibérica, a não ser as Astúrias. Esse fato foi fatal para os muçulmanos, uma vez que a Cruzada da Reconquista[necessário esclarecer] foi feita por cristãos da região.
No século XVI o território atingiu pela primeira vez os cem mil habitantes, número que se duplicou com a chegada do milho americano no século seguinte.
A 8 de maio de 1808, a Junta Geral do Principado das Astúrias declara a guerra a França e proclama-se soberana, criando exército próprio e enviando embaixadores ao estrangeiro, sendo o primeiro organismo oficial de Espanha em dar esse passo. A 1 de janeiro de 1820, o oficial Rafael de Riego subleva-se em Cádis proclamando a Constituição de 1812.
A partir de 1830 começa a exploração do carvão, iniciando a revolução industrial na comunidade. Mais tarde estabelecer-se-iam as indústrias siderúrgica e naval.
A 6 de outubro de 1934 começou uma rebelião na bacia mineira (cuenca) provocada porque os revolucionários não admitiram a entrada da CEDA na governação. A Revolução de 1934 teve as Astúrias por palco principal.
Durante essa revolução, protagonizada pelos mineiros das Cuencas (especialmente em La Felguera e Sama), a zona fica assolada em boa parte: resultam incendiados, entre outros edifícios, o da Universidade, cuja biblioteca guardava fundos bibliográficos de extraordinário valor que não puderam recuperar-se, ou o teatro Campoamor. A Câmara Santa na Catedral, por sua vez, foi dinamitada.
A Guerra Civil produziu a divisão das Astúrias em dois bandos, ao somar-se Oviedo ao levantamento, a 18 de julho. A 25 de agosto de 1937 proclama-se em Gijón o Conselho Soberano de Astúrias e Leão, presidido pelo dirigente sindical e socialista Belarmino Tomás, terminando o conflito o 20 de outubro de 1937. Depois de vinte anos de estagnação económica, produziu-se a definitiva industrialização de Astúrias.
Fortemente afetado pela reconversão industrial da década de 1990, o principado tenta atualmente potenciar a sua paisagem e recursos naturais com vistas ao turismo.