Contexto de Bósnia e Herzegovina

A Bósnia e Herzegovina (ou Bósnia-Herzegovina; ou, de forma abreviada, Bósnia; em bósnio, croata e sérvio: Bosna i Hercegovina, pronunciado AFI: [bôsna i xěrt͡seɡoʋina]; em alfabeto cirílico: Босна и Херцеговина) é uma república federal dos Balcãs, resultante da dissolução da Jugoslávia, limitada a norte e oeste pela Croácia, a leste e a sul pela Sérvia, e a sul pelo Montenegro, dispondo ainda de uma minúscula extensão de litoral, no mar Adriático. Sua capital é a cidade de Sarajevo. É composta por duas entidades politicamente autónomas, a Federação da Bósnia e Herzegovina (federação croato-bosníaca) — que é uma república federal de facto — e a República Sérvia — um estado unitário (também conhecida como República Srpska, que não deve ser confundida com a Sérvia propriamente dita).

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A Bósnia e Herzegovina (ou Bósnia-Herzegovina; ou, de forma abreviada, Bósnia; em bósnio, croata e sérvio: Bosna i Hercegovina, pronunciado AFI: [bôsna i xěrt͡seɡoʋina]; em alfabeto cirílico: Босна и Херцеговина) é uma república federal dos Balcãs, resultante da dissolução da Jugoslávia, limitada a norte e oeste pela Croácia, a leste e a sul pela Sérvia, e a sul pelo Montenegro, dispondo ainda de uma minúscula extensão de litoral, no mar Adriático. Sua capital é a cidade de Sarajevo. É composta por duas entidades politicamente autónomas, a Federação da Bósnia e Herzegovina (federação croato-bosníaca) — que é uma república federal de facto — e a República Sérvia — um estado unitário (também conhecida como República Srpska, que não deve ser confundida com a Sérvia propriamente dita).

A república independente está dividida em duas regiões geográficas: Bósnia, na parte setentrional, uma região de montanhas que encontra-se sob a cobertura das densas florestas; Herzegovina, na parte meridional, compõe-se, em sua maioria, de montes rochosos onde a atividade econômica praticada é a agricultura. Antes da guerra civil, mais de um quinto da população que habitava a Bósnia e Herzegovina se compunha de fazendeiros responsáveis pelo cultivo de frutas cítricas e legumes. A república independente possuía grandes reservas minerais onde eram extraídos bauxita, cobre, ferro, aço, lignito, madeira e zinco. As indústrias de maior importância foram as que fabricavam ferro, aço, couro, alimentos e têxteis, sendo destruídas mais tarde em virtude dos conflitos da guerra civil.

Os principais grupos étnicos que habitam a Bósnia-Herzegovina são majoritariamente bósnios, sérvios e croatas. A maioria dos habitantes que vive no país são falantes do servo-croata e adotantes do alfabeto cirílico. Metade da população segue o cristianismo (35 por cento segue a Igreja Ortodoxa Sérvia e 15 por cento segue o catolicismo) e 46 por cento é muçulmana.

Há 2 000 anos, os ilírios foram os primeiros habitantes da atual Bósnia-Herzegovina. Depois do ano 100, diversos povos passaram a dominar a região; governantes do Império Romano, do Império Bizantino, do Reino da Croácia, do Reino da Hungria e do Reino da Sérvia foram ali estabelecidos. Os turcos otomanos foram os governantes da atual Bósnia e Herzegovina entre a segunda metade do século XV e o ano de 1878.

O Império Austro-Húngaro dominou a região em 1878. Em 1914, um estudante nascido no Reino da Sérvia, Gavrilo Princip, assassinou o arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, em Sarajevo, na Bósnia recém-anexada ao império. Esse foi o estopim da Primeira Guerra Mundial.

Com o término da Primeira Guerra Mundial, o Reino da Jugoslávia anexou a Bósnia e Herzegovina em 1918. Na época em que eclodiu a Segunda Guerra Mundial, os soldados da Bósnia e Herzegovina entraram na luta contra tropas da Alemanha Nazi e da Itália fascista que foram responsáveis pela ocupação da terra dos bósnios.

A Bósnia e Herzegovina tornou-se independente em 1992. Depois de ser proclamada a independência do país, eclodiu uma guerra civil, resultando num genocídio que causou a morte de 200 mil pessoas.

Mais sobre Bósnia e Herzegovina

Informação básica
  • Código de chamada +387
  • Domínio da Internet .ba
  • Mains voltage 230V/50Hz
  • Democracy index 4.84
Population, Area & Driving side
  • População 3816459
  • Área 51197
  • Lado de condução right
Histórico
  •  Ver artigo principal: História da Bósnia-Herzegovina

    Sabe-se que a região é habitada por humanos desde pelo menos o Paleolítico, pois uma das mais antigas pinturas rupestres conhecidas foi encontrada na caverna Badanj em Stolac. Grandes culturas neolíticas datadas entre 6230 a.C. e 4900 a.C., como os Butmir e Kakanj, se desenvolveram ao longo do rio Bosna.

    Os povos Ilírios, um grupo étnico bastante diverso, começaram a se organizar na região onde atualmente fica a Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Kosovo, Montenegro e Albânia. A partir do século VIII a.C., essas tribos evoluíram para reinos. O reino mais antigo registrado na Ilíria foi o Reino Enchele que existiu no século VIII a.C. Outros reinos também existiram até cerca de 167 a.C. O Reino Ardiaei (originalmente uma tribo da região do vale do rio Neretva) tem seus primeiros registros em cerca de 230 a.C. e acabou em 167 a.C.. Os reinos e dinastias ilíricos mais notáveis ​​foram governados pelo rei Bardyllis de Dardani e Agron de Ardiaei. O Império Romano anexou a região por volta do ano 9 a.C.. No ano 6, os povos ilírios se revoltaram contra Roma e travaram uma sangrenta guerra conhecida como Bellum Batinianum onde acabaram subjugados.

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     Ver artigo principal: História da Bósnia-Herzegovina

    Sabe-se que a região é habitada por humanos desde pelo menos o Paleolítico, pois uma das mais antigas pinturas rupestres conhecidas foi encontrada na caverna Badanj em Stolac. Grandes culturas neolíticas datadas entre 6230 a.C. e 4900 a.C., como os Butmir e Kakanj, se desenvolveram ao longo do rio Bosna.

    Os povos Ilírios, um grupo étnico bastante diverso, começaram a se organizar na região onde atualmente fica a Eslovênia, Croácia, Bósnia-Herzegovina, Sérvia, Kosovo, Montenegro e Albânia. A partir do século VIII a.C., essas tribos evoluíram para reinos. O reino mais antigo registrado na Ilíria foi o Reino Enchele que existiu no século VIII a.C. Outros reinos também existiram até cerca de 167 a.C. O Reino Ardiaei (originalmente uma tribo da região do vale do rio Neretva) tem seus primeiros registros em cerca de 230 a.C. e acabou em 167 a.C.. Os reinos e dinastias ilíricos mais notáveis ​​foram governados pelo rei Bardyllis de Dardani e Agron de Ardiaei. O Império Romano anexou a região por volta do ano 9 a.C.. No ano 6, os povos ilírios se revoltaram contra Roma e travaram uma sangrenta guerra conhecida como Bellum Batinianum onde acabaram subjugados.

     
    Mesquita Gazi Husrev-beg em Sarajevo, construída em 1551 durante o domínio Otomano.

    A partir do século XII, várias partes da região que hoje corresponde à Bósnia e Herzegovina foram tomadas pelos sérvios, croatas, húngaros, venezianos e bizantinos. No século XII, o Reino da Hungria passou a governar o território, delegando o poder a vice-reis distritais de origem bósnia, croata e húngara. Anos depois, a região foi invadida pelo Império Otomano e, depois de várias batalhas, tornou-se uma província turca. Durante os séculos XVI e século XVII, a Bósnia foi um ponto estratégico nos conflitos constantes contra os Habsburgos e contra Veneza. Durante este período, uma parte da população, conhecida como bogomilos, sérvios que professavam uma heresia de tipo arianista, converteu-se massivamente ao Islão.

    Depois da Guerra Russo-Turca, entre 1877 e 1878, a Bósnia e a Herzegovina ficaram a constituir um protectorado sob controlo do Império Austro-Húngaro, tendo sido anexada em 1908. A nova constituição dividiu o eleitorado em ortodoxo, católico e muçulmano, o que contribuiu muito pouco para travar o crescente nacionalismo sérvio.

    Em 1914, o arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, foi assassinado em Sarajevo por um nacionalista sérvio. Esse acontecimento precipitou o início da Primeira Guerra Mundial. Em 1918, a Bósnia-Herzegovina foi anexada à Sérvia, como parte do Reino dos Sérvios, Croatas e Eslovenos. Durante a segunda guerra mundial, decorrendo de perseguições e limpeza étnica às mãos do regime fascista croata, satélite da Itália de Mussolini, a proporção da população sérvia-ortodoxa da Bósnia e Herzegovina diminuiu de dois terços para um terço do total. Em 1946, os dois territórios integraram a República Socialista Federativa da Jugoslávia, de regime comunista, sob a liderança do croata Josip Broz Tito.

     
    Parlamento da Bósnia em chamas durante o Cerco de Sarajevo em 1992.

    Com o colapso do comunismo, em 1989-1990, a Jugoslávia mergulhou numa onda de nacionalismo extremo, no quadro dum processo intencional externamente estimulado com vista ao desmembramento da Jugoslávia. Depois de a Croácia abandonar a federação, em 1991, os croatas bósnios e os eslavos muçulmanos aprovaram um referendo a favor da criação de uma república multinacional e independente. Mas os sérvios bósnios recusaram separar-se da Jugoslávia, que nessa altura se encontrava sob o domínio da Sérvia. Em 1992, a Bósnia-Herzegovina foi arrastada para uma guerra civil sangrenta e devastadora conhecida como a Guerra-Civil da Bósnia ( ou abreviando Guerra da Bósnia), em que as populações acabaram por ser saneadas das regiões tomadas por cada nacionalidade. Em 1995 foi assinado o Acordo de Dayton e desde essa altura as forças da Organização das Nações Unidas encontram-se no território para garantir o cumprimento dos acordos de paz.

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