Las Fallas (em castelhano) ou Les Falles (em valenciano) é uma festa típica da cidade de Valência, na Espanha. Durante a festa, que ocorre no dia 19 de março, dia de São José segundo a Igreja Católica, grandes figuras satíricas bonecos de papel machê ou de madeira, chamadas fallas são queimadas nas ruas e pracinhas da cidade.

A UNESCO integrou a festa valenciana das Fallas na lista representatitiva do Património Cultural Imaterial da Humanidade em 2016.

 Os falleros e as falleras desfilando

No catalão medieval, o termo falla servia para denominar os fachos que se colocavam no alto das torres de vigilância. Deriva do termo latino facula, que significa "tocha".[1] No Livro dos Feitos (a primeira das quatro grandes crónicas da Coroa de Aragão), de Jaime I, cita-se que as tropas do rei Jaime levavam falles para alumiar. Este termo utilizava-se tanto para os fachos que iluminavam as tendas de campanha como para as que se utilizavam para iluminar uma festa. Mais tarde, fez-se referência a este termo para se referir às fogueiras e luminárias que se acendiam em vésperas de festas extraordinárias e dos patronos. Na véspera do dia de São José, acendiam-se fogueiras para anunciar a festividade, recebendo esta prática ritual o nome de falla.

A versão mais popular da origem das fallas, segundo o Marqués de Cruïlles, é que elas foram iniciadas pelo grêmio de carpinteiros, que queimava, na véspera do dia do seu padroeiro, São José, uma fogueira purificadora, queimando sobras e limpando as oficinas antes de começar a primavera. Existem outros autores que apontam uma origem mais antiga para a festa, defendendo que o culto ao fogo é um ritual de tradição pagã e que as fallas não são mais que uma versão desse arcaico ritual, anunciando o início da primavera e propiciando fertilidade.

No século XVIII, algumas das fallas que se acendiam em Valência não eram meras fogueiras, mas monumentos satíricos e burlescos nos quais se expunham à vergonha pública e queimavam-se simbolicamente pessoas e situações da vida real.[1] Há diferentes hipóteses sobre o começo da festa fallera. Pelo que hoje pode-se saber, o alvorecer das fallas remonta-se a princípios do século XVIII. Uma destas teorias, a mais provável, explica que os carpinteiros valencianos, ao final de cada inverno, faziam queimar os seus parots (estruturas nas quais se penduravam as velas de iluminação), já que, com a chegada da primavera, e ao fazerem-se os dias mais longos, já não eram mais necessários. Com o passar do tempo, e por mediação da Igreja Católica, fixou-se coincidir a data de queima destes parots com a véspera da festividade do padroeiro dos carpinteiros, São José.

A tradicão foi submetendo-se a mudanças com o passar do tempo. A esse parot, foram-se acrescentando roupas para que adquirisse fisionomia humana. Também se começaram a incorporar desenhos alusivos a algum personagem conhecido do bairro. Adquiriu, assim, um conteúdo satírico e burlesco para chamar a atenção dos vizinhos. Além disso, as crianças iam de casa em casa pedindo móveis velhos, o que se converteu num canto popular para recolher todo tipo de móveis e utensílios velhos para queimar-se numa fogueira junto ao parot. Esses parots foram os primeiros ninots. Com o passar do tempo, incorporou-se a gente do bairro ao processo de confecção e nasceram os monumentos incorporando várias figuras.

Até o início do século XX, as fallas eram caixões altos com três ou quatro bonecos de cera vestidos com roupas, até que os artesãos incorporaram um novo procedimento: a reprodução de moldes em cartão-pedra. A criação das fallas foi evolucionando até a actualidade, onde a maioria de monumentos está composta de polistireno expandido (poliexpán), cortiça branda facilmente moldável com serras de calor que lhe conferem mais brilho. Dessa forma, a arte das fallas gerou monumentos de maiores dimensões, com remates que superam os 30 metros de altura.

Hoje, as fallas atraem um milhão de turistas anualmente. Plantam-se 385 monumentos na cidade de Valência e mais de 250 no resto da província. O Gremi d'Artistes Fallers subsiste como entidade encargada de ensinar o antigo ofício de produção de monumentos falleros. A Junta Central Fallera é a entidade que organiza a festa e a mantém viva durante todo o exercício fallero.

Google tradutor. Disponível em https://translate.google.com.br/?hl=pt-BR#la/pt/facula. Acesso em 19 de março de 2017.f
Fotografias por:
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