Tempio di Vesta

( Templo de Vesta )

O Templo de Vesta (em latim: aedes vestae) é uma construção da Roma Antiga dedicada ao culto da deusa Vesta pelas sacerdotisas Vestais, localizado no centro do Fórum Romano, próximo da Régia (a antiga residência real) e do complexo da Casa das Vestais, centro do poder público e tradicional núcleo político e religioso de Roma.

Sua característica principal é o seu formato circular, incomum para os templos romanos, com uma dimensão aproximada de 15 metros de diâmetro. Vinte colunas coríntias circundavam o local construído em Taipa. O local mantinha em seu centro o fogo sagrado, dedicado ao festival da Vestália entre outros objetos. Todavia, não possuía a imagem da deusa, o que é incomum para a religião da Roma Antiga. Sua entrada era voltada para o leste e provavelmente possuía uma abertura no telhado, para eliminar a fumaça do fogo sagrado que queimava ininterruptamente.

Sua construção e diversas reconstruções posteriores, em função de incêndios que destru...Ler mais

O Templo de Vesta (em latim: aedes vestae) é uma construção da Roma Antiga dedicada ao culto da deusa Vesta pelas sacerdotisas Vestais, localizado no centro do Fórum Romano, próximo da Régia (a antiga residência real) e do complexo da Casa das Vestais, centro do poder público e tradicional núcleo político e religioso de Roma.

Sua característica principal é o seu formato circular, incomum para os templos romanos, com uma dimensão aproximada de 15 metros de diâmetro. Vinte colunas coríntias circundavam o local construído em Taipa. O local mantinha em seu centro o fogo sagrado, dedicado ao festival da Vestália entre outros objetos. Todavia, não possuía a imagem da deusa, o que é incomum para a religião da Roma Antiga. Sua entrada era voltada para o leste e provavelmente possuía uma abertura no telhado, para eliminar a fumaça do fogo sagrado que queimava ininterruptamente.

Sua construção e diversas reconstruções posteriores, em função de incêndios que destruíram o local, ocorreram durante o Império Romano, sendo considerado um de seus templos mais antigos. Em 394 o imperador Teodósio I (r. 378–395) pôs fim ao exercício das vestais e o local foi sofreu diversas modificações e depredações. As ruínas vistas atualmente datam da última restauração, feita após o incêndio de 191 d.C.

 No ponto vermelho ao centro, a localização do Templo de Vesta no Fórum romano.

Não é possível estipular com precisão a data de sua construção. Tradicionalmente, os historiadores romanos [1][2][3] fazem referência à sua construção no século VII a.C., por Numa Pompílio, o segundo rei de Roma. Entretanto, exemplo dessa indefinição é o pressuposto inicial que o templo foi erguido na época da fundação da cidade, por Rômulo.

A importância deste templo se deve ao fato de ter sido a deusa Vesta, assim como o Jano, incluída no que seria inicialmente a tríade arcaica dos deuses romanos. Esta, em sua criação, seria composta somente pelos seguintes deuses romanos: Júpiter, Marte e Quirino. Todavia, segundo Mircea Eliade, a influência da tradição indo-europeia[4] fez com que esses deuses também fossem incluídos. Jano, por representar o ciclo temporal romano e a mudança de ano, e Vesta, por ser a protetora da cidade de Roma. O culto a Vesta, cujo símbolo é o fogo, também estava diretamente ligado à sorte da cidade, de acordo com as tradições da sociedade romana.

A perpetuação do fogo pelas virgens vestais, seis sacerdotisas que se dedicavam exclusivamente à manutenção do fogo sagrado e à preparação da mola salsa[5] para o festival da Vestália, indicava, para a sociedade, a continuidade de seu estilo de vida e da permanência e expansão de Roma. O altar interno estava ligado a esse ritual, e não ao culto de uma imagem da deusa. A não existência de uma imagem para se cultuar é um fato incomum dentro da religião romana, como reporta Ovídio[6][7].

Há, atualmente, um consenso em relação à nomeação do Templo de Vesta como templum ou aedes. A historiadora Mary Beard coloca como correto o termo aedes vestae[8]. A explicação para essa designação é feita por Paul Harvey, que além de explicar, expõe a importância do áugure e do pontífice máximo (pontifex maximus) dentro dos Colégios Sacerdotais romanos[9]:

“ Um edifício consagrado a uma divindade somente era um templum se fosse consagrado pelo aúgure e também pelo pontífice; se assim não fosse o edifício seria apenas um aedes ”

A historiadora Patrícia Horvat detalha essa diferença e comenta sobre a singularidade de sua construção circular:

“ A posição ideal para um templo era o espaço amplo, que servia de cenário para manifestações religiosas a céu aberto. A concepção romana de templum liga-se ao solo consagrado e ao espaço que lhe corresponde no céu, e não propriamente ao edifício. O templo, no período clássico, compreendia o edifício e a praça de acesso, onde estava o altar em que se praticava os rituais. O Templo de Vesta era uma exceção. Nele os ritos eram realizados pelas Vestais no seu interior, sua disposição circular constituía o altar. Nos templos de partido arquitetônico retangular, a circulação se fazia ao redor de altares externos, cuja forma comum era a circular. Em todos os casos os rituais obedeciam à circularidade. ”
Dionísio de Halicarnasso. Antiquités romaines - Introduction générale. Livre I. Tradução de V. Fromentin. Paris: Les Belles Lettres, 1998. pp.65-66 Festo. De la signification des mots. XVI, rotunda. Plutarco. Vidas Paralelas. Numa, 11 ELIADE, Mircea. História das crenças e das ideias religiosas. Rio de Janeiro: Zahar, 2011, p. 116. STAPLES, Ariadne. From Good Goddess to Vestal Virgins: Sex and Category in Roman Religion. Routledge, 1998, pp. 154–155. OVÍDIO. Os Fastos. Tradução de Antonio Feliciano de Castilho. São Paulo: Jackson Editores, 1952. ALONSO, Ana Carolina. "O Culto de Vesta a partir da Ab urbe conditia de Tito Livio", NERO, 2010. p.7. BEARD, Mary. The Sexual Status of Vestal Virgins. The Journal of Roman Studies, v. 70, pp. 12-27, 1980. BELTRÃO, Claudia. A Religião na Urbs. In MENDES, Norma Musco; SILVA, Gilvan da Ventura (orgs.). Repensando o Império Romano: perspectiva socioeconômica, política e cultural. Rio de Janeiro: Mauad; Vitória, ES/; EDUFES, pp. 137-159, 2006. HARVEY, Paul. Dicionário Oxford de Literatura Clássica: grega e latina. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, pp. 481, 1998. HORVAT, Patrícia. O Templo de Vesta e a ideia romana de centro do mundo. In CÂNDIDO, Maria Regina (org.) Roma e as Sociedades da Antiguidade - Política, Cultura e Economia. Rio de Janeiro: NEA/UERJ, 2008. pp. 79-81
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